TRE inicia julgamento que pode cassar mandato de Sergio Moro
A Agência Brasil noticia que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deu início ao julgamento dos processos que ameaçam cassar o mandato do Senador Sergio Moro (União-PR), antes conhecido como juiz da Operação Lava Jato, em Curitiba. Estão em análise duas ações, uma do PT e outra do PL, junto à Justiça Eleitoral. As acusações se baseiam em supostas irregularidades nos gastos durante o período de pré-campanha de 2022, alegando abuso de poder econômico por parte do senador.
No mês de dezembro do ano anterior, o Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná manifestou-se a favor da cassação do mandato de Moro. Segundo os procuradores, o uso “excessivo de recursos financeiros” antes do início oficial da campanha eleitoral de 2022 constituiu uma irregularidade.
Moro, que em 2021 estava filiado ao partido Podemos e cogitou concorrer à Presidência da República, mais tarde mudou sua trajetória política, optando por concorrer ao Senado. Essa alteração de rumo tem sido apontada como causa de uma “vantagem ilícita” sobre outros candidatos ao Senado, uma vez que foram feitos “altos investimentos financeiros” antes de sua candidatura efetiva ao cargo.
Entre as despesas mencionadas estão aproximadamente R$ 2 milhões usados tanto no evento de filiação de Moro ao Podemos quanto na produção de vídeos e contratação de consultorias.
Em caso de cassação do mandato de Moro, ainda haverá a possibilidade de recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Contudo, se a cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições para o Senado serão inevitáveis no estado do Paraná.
A defesa de Sergio Moro, ao longo do processo, refutou as acusações, argumentando que estes têm uma “conotação política”. Defendem a ideia de que os gastos realizados na pré-campanha à Presidência não deveriam ser contados na campanha ao Senado, considerando que um cargo tem abrangência nacional, enquanto o outro se limita ao estado do Paraná.
Este julgamento reacende debates e especulações sobre o futuro político de Sergio Moro, além de levantar discussões sobre a transparência e ética nas campanhas eleitorais.
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