May 16, 2024
Manaus

Copom decide cortar juros básicos da economia nesta quarta-feira

Copom decide cortar juros básicos da economia nesta quarta-feira Foto: divulgação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil está prestes a determinar, nesta quarta-feira (20), o quanto irá reduzir a taxa básica de juros, a Selic. Apesar do incremento recente no valor do dólar e dos elevados juros nos Estados Unidos, espera-se que o órgão faça uma diminuição na Selic, que se encontra em 11,25% ao ano, ajustando-a para 10,75% ao ano. Esta medida marca o sexto corte consecutivo desde agosto, momento em que a autoridade monetária colocou um fim ao ciclo de aperto monetário.

Em declarações anteriores à imprensa, o Copom havia comunicado que, segundo a direção do BC e o presidente Roberto Campos Neto, era consenso projetar cortes de 0,5 ponto percentual nas futuras reuniões. Todavia, paira a expectativa sobre se a diminuição da Selic cessará após a assembleia de maio ou se persistirá até o segundo semestre do ano.

De acordo com a pesquisa semanal boletim Focus, realizada com analistas de mercado, espera-se que a taxa básica de juros seja reduzida em 0,5 ponto percentual. O prognóstico do setor financeiro é que a Selic finalize o ano na casa dos 9% ao ano. Nesta quarta-feira, ao terminar o dia, o Copom divulgará sua decisão final sobre a questão.

No tocante à inflação, a ata da última reunião do Comitê, ocorrida em janeiro, revelou uma desaceleração econômica menos intensa e confirmou o plano de promover novos cortes de juros. O Banco Central também sublinhou a necessidade de continuidade na busca por melhorias nas contas públicas pelo governo, a fim de evitar um possível repique inflacionário.

O Copom discutiu ainda as incertezas nos mercados, afetando as projeções inflacionárias, especialmente quanto à habilidade do governo em implementar medidas de receitas e despesas alinhadas ao regime fiscal. No panorama internacional, a perspectiva de incremento nos juros nos Estados Unidos e o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas adicionam complexidade à missão do BC de promover a redução prolongada de 0,5 ponto nos juros.

Conforme divulgado no boletim Focus mais recente, a estimativa para a inflação de 2024 sofreu uma leve alta, passando de 3,77% para 3,79%, o que ainda se enquadra dentro da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3%, podendo variar até 4.5% devido ao limite de tolerância de 1.5 ponto.

Em fevereiro, influenciado por custos de educação e alimentos, o IPCA marcou 0,83%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o indicador acumula um aumento de 4,5% nos últimos 12 meses, atingindo o teto da meta para 2024.

Sobre a Taxa Selic, esta serve como ferramenta principal do Banco Central para controle da inflação, atuando nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e influenciando as demais taxas da economia. Quando o Copom eleva a Selic, a intenção é moderar a demanda acirrada, o que reflete em preços mais elevados devido ao crédito mais caro, incentivando a poupança. Por outro lado, ao reduzir a Selic, busca-se tornar o crédito mais acessível, favorecendo a produção e o consumo.

As reuniões do Copom acontecem a cada 45 dias, dividindo-se em apresentações técnicas sobre economia e mercado financeiro no primeiro dia e definição da Selic no segundo dia pelo grupo, constituído pela diretoria do BC.

Com relação à meta de inflação para 2024, definida pelo CMN, está fixada em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, estabelecendo o limite inferior em 1,5% e o superior em 4,5%. Para os anos de 2025 e 2026, as metas se mantêm em 3% para ambos os anos, com idêntica margem de tolerância.

No último Informe de Inflação, publicado em dezembro pelo Banco Central, a previsão é que o IPCA feche o ano de 2024 em 3,5%, dentro da meta estipulada. O próximo informe está previsto para ser divulgado no fim de março.

Fonte: https://ampost.com.br/eleicoes-2024/desconhecida-pesquisas-mostram-que-maria-do-carmo-seffair-caiu-de-13-para-0-na-disputa-pela-prefeitura-de-manaus/

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