Torre Atto: A maior torre de pesquisa ambiental do planeta construída no Paraná
A Torre Atto, famosa pelo seu aparecimento no quadro “Quem quer ser um milionário” do programa Domingão do Huck, foi construída no Paraná. Com 325 metros de altura, essa imponente estrutura é considerada a maior torre de pesquisa ambiental do mundo e está localizada na Reserva Biológica de Uatumã, na Amazônia, a aproximadamente 150 quilômetros de Manaus.
A construção da Torre Atto foi um projeto ambicioso que envolveu a colaboração dos governos do Brasil e da Alemanha. Inaugurada em 2015, a torre tem o objetivo de estudar as mudanças climáticas na região amazônica e entender como a floresta contribui para a conservação do planeta.
Um dos principais motivos para escolher o local onde a torre foi construída foi a presença mínima de desmatamento. A Amazônia ainda possui trechos praticamente intocados, o que possibilita uma análise mais precisa das alterações climáticas.
A montagem dessa imensa estrutura foi uma verdadeira proeza logística. As cerca de 15 mil peças que compõem a Torre Atto foram transportadas em cinco carretas e também por balsas, percorrendo uma jornada de duas semanas. O timing foi essencial, pois as águas baixam em determinado período, e perder essa janela de tempo significaria adiar a construção por um ano inteiro.
Os estudos realizados na Torre Atto têm contribuído para aprimorar os modelos climáticos do bioma amazônico. A partir dos dados coletados, como direção dos ventos, emissões de gases e temperatura, é possível entender melhor o funcionamento desse ecossistema vital para a conservação do planeta.
Pesquisadores de diversos lugares do mundo passam pela Torre Atto, realizando experimentos e coletando dados essenciais para pesquisas em diversos campos. Equipamentos fixados ao longo dos 325 metros da torre geram informações constantes sobre o clima, a química e a biologia da região.
Um dos aspectos importantes estudados na torre é a quantidade de carbono presente na Amazônia. Foi constatado que, quando a floresta é destruída, ela captura menos carbono, perdendo quase 40% da sua capacidade de evapotranspiração, ou seja, de produção de chuva.
Esses dados têm implicações significativas no clima e no fornecimento de energia da América do Sul. Menos chuvas na Amazônia resultam em menos umidade disponível, afetando também regiões fora da floresta amazônica. Esse processo pode desencadear um efeito cascata, comprometendo o consumo de energia em todo o continente.
A Torre Atto é um verdadeiro símbolo da importância da preservação da Amazônia e do estudo cuidadoso das mudanças ambientais. Com sua imponência e relevância científica, ela se destaca como uma ferramenta fundamental na busca por respostas sobre o futuro do nosso planeta.