Servidores do INSS param por tempo indeterminado
Funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deram início a uma greve por prazo indefinido nesta terça-feira, 16 de março, com uma série de exigências que incluem reajuste salarial, valorização profissional e aprimoramento das condições laborais. Adicionalmente, a decisão de paralisar as atividades contou com a aprovação em uma assembleia nacional que aconteceu no último sábado, dia 13, sob a organização da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que já havia alertado o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos sobre a probabilidade de greve. Inclusive, houve uma convocação para uma nova sessão de negociação no mesmo dia da greve.
Segundo a Fenasps, a revisão das propostas pelo governo mostrou mínimos avanços. O comunicado destaca a falta de uma proposta que realmente fortaleça a categoria, apontando criticamente para o estendimento da carreira de 17 para 20 escalões e o estabelecimento de incentivos adicionais que, na visão da Federação, não chegam perto de cobrir as perdas salariais, que já ultrapassam 53% no período recente.
A plataforma de reivindicações da Fenasps é bastante abrangente, contemplando desde a urgente necessidade de correção das perdas salariais e reestruturação da carreira até a implementação de um reconhecimento da carreira do Seguro Social como essencial ao Estado; requisitos de educação superior para novos técnicos; inclusão de gratificações permanentes; adoção de uma jornada de trabalho reduzida de 30 horas semanais para todos, além da observância dos horários de trabalho estipulados por lei; abolição de diretrizes que marcam o término do trabalho remoto; a instauração de um sistema eficaz de gestão de performance; a promoção de um ambiente de trabalho digno e livre de assédio moral para todos, independente da forma de vínculo empregatício; e uma reorganização abrangente dos serviços da Previdência Social.
A Federação destaca, ainda, que até o final do corrente mês, dia 31, o INSS deverá se adaptar à IN24, Instrução Normativa que modifica os atuais esquemas de gestão para modelos de Gestão e Performance, elevando consideravelmente a pressão por resultados e a probabilidade de penalidades salariais frente ao não cumprimento de metas, assim como o risco de processos disciplinares administrativos contra os trabalhadores.
Atualmente, o INSS dispõe de aproximadamente 19 mil funcionários ativos, com uma maioria de 15 mil técnicos encarregados pela maior parte dos atendimentos da entidade, além de 4 mil analistas, sendo que cerca de 50% de todos os colaboradores permanecem em regime de teletrabalho.
Fonte: Agência Brasil
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