Prefeitura de Manaus atualiza cenário de casos de arboviroses em informe epidemiológico
A administração municipal de Manaus disponibilizou, nesta segunda-feira, 8/4, uma atualização no panorama dos casos de dengue, zika, chikungunya e oropouche na cidade, por intermédio da mais recente versão do Informe Epidemiológico das Arboviroses. A 14ª edição do documento, preparada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), apresenta informações relativas à Semana Epidemiológica 14, que compreende o intervalo de 31 de março a 6 de abril.
O informe destaca que, na última semana, foram reportados 150 casos suspeitos de dengue, com 18 desses casos sendo posteriormente confirmados. Em 2024, a metrópole já registrou um total de 1.807 casos confirmados da doença, a partir de 7.653 suspeitas, enquanto 625 casos ainda estão sob investigação. O número de falecimentos confirmados pelo vírus permanece em um, com mais dois casos sob análise.
Durante o mesmo período, Manaus não teve relato de casos novos suspeitos ou confirmados de zika, conforme informado pela Semsa. O acumulado de 2024 consiste em 62 notificações e 19 confirmações da infecção, e cinco casos ainda estão sendo analisados. Não foram registrados óbitos confirmados ou em averiguação relacionados a essa enfermidade.
Quanto à chikungunya, foi notificado um caso suspeito na semana passada, mas não houve novas confirmações. No total do ano, 69 situações suspeitas foram relatadas, das quais quatro obtiveram confirmação e 28 permanecem em investigação. O documento semanal não menciona óbitos confirmados ou em investigação decorrentes desta arbovirose.
Os casos de oropouche relatados na cidade atingiram 850 neste ano, após a confirmação de quatro novos casos durante a última semana epidemiológica, com um total de uma morte confirmada. Todos os casos e os óbitos por essa doença foram confirmados por critério laboratorial, sem casos ou mortes pendentes de investigação. A febre do oropouche não é considerada uma doença de notificação obrigatória, portanto, o informe não detalha os casos notificados.
Os dados apresentados no Informe Epidemiológico das Arboviroses provêm do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), podendo ser atualizados. O documento é uma colaboração entre as equipes de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, além do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Semsa.
Além das iniciativas de acompanhamento epidemiológico, a Semsa Manaus executa ações contínuas de prevenção e controle dessas enfermidades, transmitidas por mosquitos. Essas medidas, que englobam gestão ambiental e inspeções realizadas por agentes de saúde em residências, comércios e outros locais, recebem um reforço especialmente no período chuvoso, de novembro a abril, quando a umidade e o calor intensificam as infestações.
“A conscientização sobre a prevenção ao Aedes aegypti, bem como a outros mosquitos, é uma responsabilidade compartilhada por todos, com a realização de verificações semanais em domicílios para detectar e eliminar potenciais focos de proliferação”, ressalta a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, destacando que a grande maioria dos focos do mosquito se encontra nas habitações e seus arredores.
É vital identificar e neutralizar locais com água parada, pois servem como criadouros para os mosquitos. Entre eles, calhas obstruídas, piscinas desativadas, pneus expostos ao ar livre e pratos sob vasos de plantas são alguns dos principais pontos de atenção, conforme indicado por Shádia. Ela ainda sugere que a população siga o “Checklist 10 Minutos contra a Dengue”, que contém passos simples para erradicar os focos do vetor.
Adicionalmente, a Semsa Manaus está promovendo a campanha de vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, disponibilizando o imunizante em mais de 70 unidades da rede municipal de saúde. Informações completas, incluindo horários de funcionamento e endereços das unidades, estão acessíveis online pelo link https://bit.ly/salasvacinaqdenga.
“A vacinação é uma medida eficaz para reduzir o risco de adoecimento ou necessidade de hospitalização entre jovens. Portanto, apelamos aos pais, mães e responsáveis para não hesitarem em levar seus filhos para vacinação nas unidades de saúde municipais”, conclui a responsável pela Semsa.
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Texto – Jony Clay Borges / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa