
Brasil: Reunião de Líderes Partidários na Câmara dos Deputados
Brasil – Os líderes partidários da Câmara dos Deputados se encontrarão nesta quinta-feira (13) com o objetivo de finalizar um acordo sobre a liderança das comissões permanentes. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), liderará a reunião, buscando conciliar as disputas entre os partidos pelo controle dos colegiados.
A Câmara dos Deputados retomou suas atividades após o recesso legislativo em fevereiro, mas as comissões permanecem inativas. Na noite de terça-feira (11), antes de um compromisso com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, Hugo Motta afirmou que a decisão sobre as comissões seria tomada até esta quinta-feira.
Disputa na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional
A principal disputa envolve o controle da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Este colegiado é uma grande prioridade para o PL, que busca nomear o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) para a presidência. No entanto, o PT resiste a essa indicação, argumentando que Eduardo tem se envolvido com autoridades de outros países, especialmente dos Estados Unidos, com o intuito de intensificar as tensões contra o Poder Judiciário brasileiro.
Esta semana, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), reuniu-se com Hugo Motta para propor um nome alternativo para a comissão. Nos bastidores, a liderança do PT expressa que aceitaria outro deputado do PL, desde que não seja Eduardo Bolsonaro. Além disso, o PSOL também se opõe à indicação de Eduardo Bolsonaro. Por outro lado, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), tem mantido uma postura firme, sustentando que o partido não mudará sua posição.
Em declarações à imprensa, Hugo Motta não descartou a possibilidade de Eduardo Bolsonaro ser indicado à Comissão de Relações Exteriores, destacando que, segundo acordos entre os blocos partidários, o PL tem o direito de indicar membros para cinco comissões.
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
Outra comissão que enfrenta disputas é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais relevante da Câmara. No ano anterior, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) presidiu o colegiado. Neste ano, o PL manifestou interesse em continuar liderando a comissão. Contudo, conforme o acordo entre os líderes partidários, a presidência da CCJ deve ser atribuída ao MDB.
A nomeação dos presidentes das comissões segue a regra da proporcionalidade. Na prática, os maiores partidos têm prioridade na indicação de candidatos, mas a decisão final resulta de acordos entre os líderes. A escolha dos presidentes é formalizada por meio de uma eleição simbólica nas comissões.
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