Escândalo: gravação revela complô criminoso para fraudar eleições em Parintins; confira
Amazonas – Um escândalo político criminal abalou o Estado do Amazonas, revelando um complô diretamente envolvendo secretários do Governo Estadual para manipular as eleições municipais de Parintins. Imagens anônimas enviadas à coligação “Parintins em Primeiro Lugar”, do candidato Mateus Assayag (PSD), mostram uma reunião em 3 de agosto, onde autoridades discutem estratégias para garantir a vitória de Brena Dianná na Prefeitura do município. Na reunião, participaram: • Armando do Vale – Presidente da Cosama (Companhia de Saneamento do Estado) • Marcos Apolo Muniz – Secretário de Cultura do Estado • Flávio Anthony – Secretário da Casa Civil do Estado • Fabrício Barbosa – Secretário de Administração do Estado • Tenente-coronel Francisco Magno Judss – Comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar em Parintins • Oficial da Tropa de Choque – (Nome não divulgado nas gravações) Os vídeos, que somam mais de uma hora, revelam como esses secretários planejaram garantir a vitória de Brena Dianná, utilizando a máquina pública, operações policiais ilegais, coação de eleitores e até a contratação de milicianos do Pará no dia da eleição. **Operações Policiais Ilegais e Intimidação de Eleitores** Durante a reunião, os secretários discutem operações ilegais para intimidar eleitores e aliados de Mateus Assayag. Um dos casos mencionados foi a abordagem coercitiva de Rita Maria, mãe da candidata a vice-prefeita Vanessa Gonçalves. Ela foi interceptada por policiais armados após retirar parte de seu salário em um banco. Sem mandado judicial, Rita foi levada à delegacia, onde tentaram acessar sua conta bancária. Além disso, o plano incluía o uso de 28 homens da Tropa de Choque para abordar seletivamente partidários de Assayag no dia da votação. O tenente-coronel Francisco Magno confirmou na reunião que, desde junho, o grupo estava promovendo escutas ilegais, clonando telefones celulares de pessoas próximas ao prefeito Bi Garcia, opositor de Brena Dianná. Um dos alvos foi um funcionário conhecido como “Cearazinho”. Outro ponto gravíssimo envolve o recrutamento de criminosos, incluindo traficantes e assaltantes de banco, para simular prisões em Parintins, justificando assim a presença da Tropa de Choque durante o período eleitoral. Esses criminosos seriam pagos para participar da farsa, conforme discutido na reunião. Além disso, o grupo decidiu trazer 20 policiais militares de Itaituba, no Pará, para agir como milicianos nos principais colégios eleitorais da zona rural de Parintins, intimidando eleitores. Esses policiais foram recrutados por um empresário com negócios junto ao Governo do Estado. **Uso de Auditores Fiscais para Coagir Empresários** Os vídeos também revelam planos para utilizar auditores fiscais da Secretaria da Fazenda em operações contra empresários que não apoiassem a candidatura de Brena Dianná. A intenção era pressionar fornecedores da Prefeitura de Parintins a apoiar a campanha do governo ou sofrer sanções fiscais. **Desvio de Cestas Básicas para Compra de Votos** Outra revelação explosiva envolve o desvio de cestas básicas, destinadas pela Defesa Civil a famílias afetadas pela estiagem, mas redirecionadas pela Cosama para a compra de votos. Essa ação representa uma violação grave das leis eleitorais, usando recursos públicos para fins ilegais. **Veja o vídeo:**