Manifestação de servidores da Funasa por reestruturação do órgão
Os empregados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) estão se organizando para realizar uma assembleia e manifestação pública nesta quarta-feira (28) em Manaus. A manifestação, liderada pelo Sindicato dos Funcionários Federais no Amazonas (Sindsep-AM), tem como objetivo debater temas como a reorganização da Funasa, a nomeação de um superintendente permanente e a possível perda de bonificação de desempenho. 28 de julho foi escolhido para a manifestação, pois coincide com a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), onde propostas do governo e sindicatos para aumento salarial serão discutidas.
No início do terceiro mandato de Lula, um de seus primeiros movimentos foi desmantelar a Funasa, uma instituição de saúde com histórico importante no Brasil. Com a mobilização dos funcionários e a pressão dos parlamentares, a Funasa foi restabelecida, mas ainda continua sem a devida estrutura e importância que tinha antes da intervenção governamental.
“Sabemos que a Funasa não foi dissolvida, mas não passou por uma adequada reestruturação. O nosso desejo é por uma Funasa reestruturada e pela nomeação de um superintendente efetivo, de preferência alguém com experiência na instituição. É isso que defendemos”, declara Walter Matos, secretário-geral do Sindsep-AM.
Matos ainda ressalta que os servidores da Funasa, que muito contribuíram para a saúde pública, estão ameaçados de ter seus vencimentos reduzidos. Esse risco surgiu quando a Funasa foi desmontada e seus servidores passaram a ser gerenciados pelo Ministério da Saúde.
“Estamos elaborando um requerimento para ser enviado ao presidente da Funasa, uma vez que seus servidores estão ameaçados de perder a gratificação de desempenho. A AGU já expressou essa possibilidade. Assim, é de suma importância que todos os servidores preencham esse documento e o enviem ao presidente da Funasa”, acrescenta.
A escolha do dia 28 para a manifestação é considerada estratégica, pois ocorrerá no mesmo dia da reunião da Mesa Nacional de Negociação. Nesse dia, estarão presentes o governo e os sindicatos.
Em termos de propostas do governo e dos sindicatos, a proposta do governo propõe não promover reajustes em 2024 e repassar 9% em duas etapas em 2025 e 2026. Além disso, propõe-se o aumento do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000, o auxílio-saúde de R$ 144 para R$ 215 e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90.
De outro lado, os sindicatos propõem um reajuste unificado para todos os servidores, a ser discutido na reunião de 28. A proposta divide o reajuste em dois grupos: o primeiro receberia um reajuste de 34,32% em três parcelas a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. O segundo grupo, por sua vez, receberia um reajuste de 22,71%, também dividido em três parcelas a serem pagas nos mesmos anos.
O primeiro grupo é composto por servidores federais que acordaram um reajuste para 2016 e 2017. Já o segundo grupo abrange servidores federais que negociaram reajustes de 2016 a 2019, o que resultou em um maior repasse e menor defasagem salarial.
*Informações fornecidas pela Asessoria de Imprensa
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